Saturday, August 25, 2007

Number three

26/9/1999
Xanana Gusmão tem demonstrado um saber diplomático e uma contenção quase inexplicáveis já que se trata de um homem que passou mais de dezassete anos no mato, lutando pela libertação do seu povo e sofrendo com ele as consequências do ostracismo a que a comunidade Internacional o votou. Graças a Deus que não clama por sangue de vingança, mas apela à paz e à reconciliação, porque, sejamos honestos, quando esta hora , bela, não nego de euforia e solidariedade passsar, Timor leste continuará demasiado perto da Indonésia,e, mais uma vez ficarão sózinhos. E, só neste século, essa situação já se repetiu várias vezes,com repercurssões terríveis. Mais de 40 mil timorenses foram chacinados pelos japoneses,durante a 2ªguerra mundial, após a retirada envergonhada australiana,e durante os anos 70, quando mais de 250 mil foram massacrados com o aval , mais uma vez da Austrália, dos E.U., mais especificamente desse senhor chamado Kissinger e do resto da comunidade internacional que fez ouvidos moucos aos débeis pedidos feitos por Portugal, para alertar para a situação vivida lá.
Xanana Gusmão, obviamente não quiz adiar a data do referendo apesar das ameaças de violência que lhe sucederiam; mas tambem não pediu para que a ONU fosse mentecapta ao ponto de preparar o referendo sem criar o mínimo de condições para que esse acto de crucial importância tanto para timorenses como para os póprios indonésios. Foi A ONU que ignorou o perigo demasiado anunciado, até pelo próprio Ministro dos Negócios estrangeiros Irlandês que se viu obrigado a refugiar-se , como tantos outros , na casa do Bispo Ximénes Belo. Já nessa altura,antes do referendo, já o terror reinava. A ONU quiz acreditar em contos de fadas e não se deu ao trabalho de fazer um trabalho competente e responsável, que é o que lhe compete. Por isso, lamento, mas atirar as culpas para Xanana, é simplesmente imoral e denuncia falta de respeito e facilidades pouco invejáveis de julgar e condenar o que não se conhece.

-- Ana Ferreira,

No comments: